O PROJETO
No CinePET realizamos cine-debates nos quais convidamos um pesquisador do tema abordado no filme selecionado. Após a exibição do filme o convidado responde a perguntas e promove reflexões acerca do assunto abordado.
2021
CINE PET EM CASA
COMUNICADO
A pandemia causada pelo novo Coronavírus impossibilitou os encontros presenciais para a realização do CinePET. Sendo assim, adaptamos o projeto para o "CinePET em Casa" e realizamos encontros remotos.
CONCERING VIOLENCE (SOBRE A VIOLÊNCIA)
CONTRIBUIÇÃO DO PET
Mais um CINE PET na área! Dessa vez com o documentário "Sobre a Violência" (Concerning Violence), para realização do debate contamos com a presença do professor Dr. da UFF Marcelo Bittencourt.
memórias de chumbo: O futebol nos tempos do condor: chile
CONTRIBUIÇÃO DO PET
Contamos com a contribuição ao nosso debate do professor e historiador da UFF Renato Coutinho.
O episódio que será apresentado é parte da série produzida pelo historiador e jornalista Lúcio de Castro, sendo essa uma investigação sobre as relações do futebol e as ditaduras militares do continente sul-americano nas décadas de 60, 70 e 80, no Brasil, na Argentina, no Chile e no Uruguai.
MENINO 23
SINOPSE
"A partir da descoberta de tijolos marcados com suásticas nazistas em uma fazenda no interior de São Paulo, o filme acompanha a investigação do historiador Sidney Aguilar e a descoberta de um fato assustador: durante os anos 1930, 50 meninos negros e mulatos foram levados de um orfanato no Rio de Janeiro para a fazenda onde os tijolos foram encontrados."
2020
CINE PET EM CASA
COMUNICADO
A pandemia causada pelo novo Coronavírus impossibilitou os encontros presenciais para a realização do CinePET. Sendo assim, adaptamos o projeto para o "CinePET em Casa" apresentando indicações de filmes e livros, na nossa página do Facebook e perfil do Instagram, marcadas com temáticas semanais, considerando o contexto atual e histórico.
affliction
CONTRIBUIÇÃO DO PET
O CinePET em casa indica hoje: “Affliction – O Ebola na África Ocidental” (2015) e “93 dia” (2016).
Considerando o contexto atual, se faz necessário o conhecimento de outras crises da saúde das quais a humanidade já enfrentou. Pensando nisso, hoje trazemos duas obras sobre o vírus Ebola, que impactou de forma agressiva diversos países, dos quais ainda não estão livres dessa ameaça.“Affliction – O Ebola na África Ocidental” é um documentário sobre o trabalho de Médicos Sem Fronteiras do diretor belga Peter Casaer, filmado durante o maior surto da doença no continente africano. A produção acompanha o avanço do vírus atravessando as fronteiras da Libéria, do Guiné e de Serra Leoa, que são os países mais afetados pela epidemia.O filme também expõe depoimentos de pessoas que estiveram diante da doença, falando sobre suas particularidades como o alto índice de mortalidade, a forma agressiva com que se manifesta, a falta de tratamento médico adequado, o impacto social, as demandas acerca da saúde pública internacional, entre outras questões presentes no combate ao vírus Ebola.“93 dias” é uma ficção nigeriana produzida por Steve Gukas. No longa, um diplomata vindo dos Estados Unidos importa o vírus para a Nigéria, dando início ao surto de Ebola no país. O filme reflete os sacrifícios e o empenho na contenção do avanço do vírus, sendo baseado em fatos reais. A obra é uma homenagem à médica nigeriana Ameyo Adadevoh, que diagnosticou o primeiro caso de Ebola na Nigéria. Diante do caso do diplomata, Ameyo organizou a desinfecção do hospital e promoveu uma campanha de isolamento e conscientização sobre a doença, no entanto, teve de enfrentar as autoridades da Libéria, que pressionaram a equipe pela liberação do paciente infectado. Posteriormente, a médica foi diagnosticada com Ebola e faleceu
carta para além dos muros
CONTRIBUIÇÃO DO PET
Atualmente a pandemia do corona vírus coloca a sociedade em um novo contexto, que requer a promoção de diversos debates de âmbito social e político. Para além da corrida em prol da detecçao do vírus e do descobrimento de sua cura, se faz necessario compreender em que aspectos sociais ele implica.Pensando nisso, a indicação do cine pet dessa semana nos convida a explorar outros momentos em que a humanidade foi desafiada pelo surgimento de novas doenças.O documentário "Carta Para Além dos Muros" nos apresenta a evolução do vírus HIV no Brasil. Novas demandas tanto para a medicina quanto para as ciências sociais são postas em nossa sociedade no início da década de 1980 com o surgimento da doença. Entender como o vírus agia no corpo humano, como se transmitia e como poderia ser tratado foi fruto de alguns anos de pesquisa, além da adoção de politicas públicas que agora considerassem o combate ao HIV como prioridade na agenda de saúde pública.O documentário nos mostra que as particularidades dessa doença sexualmente transmissível foram direcionadas erroneamente para interpretações preconceituosas e até mesmo explicações anticientíficas. O HIV, portanto, é uma doença acompanhada de estigmas até os dias atuais.
"Carta Para Além dos Muros" (2019) tem direção de André Canto e está disponível na Netflix.
guerras do brasil.doc
CONTRIBUIÇÃO DO PET
Dando continuidade ao tema indígena, o CinePET em casa de hoje traz como sugestão o primeiro episódio da série Guerras do Brasil.doc: As Guerras de Conquista, disponível na plataforma de streaming Netflix.Através de depoimentos de ativistas e líderes indígenas, antropólogos e historiadores, como Ailton Krenak, Sonia Guajajara, Pedro Puntoni, entre outros, a narrativa busca delinear a história da invasão e colonização do território que hoje é conhecido como Brasil, ressaltando a violência que marcou esse processo."A Guerra de conquista ainda não acabou, ela tem mais de 500 anos e continua viva".
A colonização, a evangelização forçada, a dominação, a exploração e o genocídio dos povos originários caracterizaram essa Guerra e os indígenas seguem resistindo até os dias atuais, através da luta pela demarcação de terras e pela garantia de seus direitos previstos na Constituição de 1988.
indígenas digitais
CONTRIBUIÇÃO DO PET
Seguindo a temática indígena, o cinePET em casa de hoje traz como indicação o curta Indígenas digitais. O curta traz a questão do uso da internet pelos nativos como ferramenta para tanto divulgação como para protesto por justiça para suas terras. Buscando maior visibilidade para suas lutas, a internet possibilitou um novo meio de comunicação com o mundo e novas formas de aumentar o alcance do ativismo nativo. O curta foi realizado pela ong Thydêwá, que atua desde 2002 na luta pelos direitos dos indígenas, tendo diversos projetos executados e recebendo prêmios como o Prêmio de direitos humanos na categoria Promoção da Igualdade Racial, outorgado pela Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH).
PARA SABER MAIS
Texto "Mídias Nativas: a comunicação audiovisual indígena - o caso do projeto Vídeo Nas Aldeias". Disponível em: https://periodicos.uff.br/ciberlegenda/article/view/36654/21234
martírio
CONTRIBUIÇÃO DO PET
O CinePET em casa desta semana aborda a temática indígena e, como primeira indicação, trazemos o longa-metragem Martírio. O filme contextualiza a luta histórica da etnia indígena Guarani-Kaiowáa pelas suas terras e o direito de permanecer nelas.O cineasta Vincent Carelli combina filmagens suas de 25 anos antes do documentário, atuais e também reúne materiais de arquivo para contar um pouco da história do povo com a sua terra, no Mato Grosso do Sul. Passando por temas como a Guerra do Paraguai, produção da erva-mate, SPI (Serviço de Proteção aos Índios) e Ditadura Militar, o longa nos faz entender o processo histórico de expropriação dos índios de sua terra e também a luta para retornarem.Além disso, também acompanhamos a luta desses povos para permanecer e viver no seu próprio território, atualmente ameaçados pelo agronegócio e pelos grandes fazendeiros que dominam a região. De discussões no Congresso ao dia-a-dia dos índios, que lidam com invasões, incêndios às aldeias e assassinatos brutais, o filme é peça chave para compreendermos melhor a questão indígena no Brasil.
PARA SABER MAIS
Ailton Krenak, filósofo indígena, e o eterno retorno do encontro: https://www.geledes.org.br/narrativa-krenak-o-eterno-retorno-do-encontro/Conheça o Projeto Vídeo nas Aldeias, que tem como objetivo fortalecer a luta e identidade indígena através da produção audiovisual: http://www.videonasaldeias.org.br/2009/vna.php?p=1
Milk: A Voz da Igualdade
CONTRIBUIÇÃO DO PET
Seguindo na temática LGBTQIA+, hoje o CinePET em Casa apresenta o filme "Milk: A Voz da Igualdade". A obra apresenta a trajetória de Harvey Milk, político e ativista gay que foi o primeiro homossexual declarado a ocupar um cargo eletivo na Califórnia, estado norteamericano.O filme de 2008 dirigido por Gus Van Sant e protagonizado por Sean Penn apresenta a formação de Milk como um ativista pelos direitos da comunidade gay, abordando desde o momento em que Milk começa a se mobilizar até o ápice de sua carreira como liderança regional.Harvey Milk foi assassinado em 1978. Contudo, seu ativismo e sua articulação política em defesa da minoria a qual fazia parte nos diz muito sobre a ainda necessária luta pela garantia de direitos da comunidade LGBTQIA+. Desde a segunda metade do século XX nós vivemos um momento de constante busca pela aceitação e igualdade social, muitas vezes enfrentando fortes desafios. O filme que apresentamos hoje nos mostra uma simbólica figura que abriu um vasto caminho para a comunidade LGBTQIA+.
PARA SABER MAIS
O filme "O Jogo da Imitação", de 2014, dirigido por Morten Tyldum, apresenta a trajetória de Alan Turing, considerado o pai da computação e herói da Segunda Guerra Mundial, que era homossexual e sofreu fortemente com a repressão.O livro "História do Movimento LGBT no Brasil", organizado por James N. Green, Marcio Caetano, Marisa Fernandes e Renan Quinalha. Publicado em 2018 pela editora Alameda.
orações para bobby
CONTRIBUIÇÃO DO PET
Dando continuidade as indicações do CinePet referente ao dia do Orgulho LGBTQIA+ apresentamos o filme: “Orações Para Bobby”, produzido no ano de 2009.Bobby (Robert Warren Griffith) cresceu em torno de uma família cristã com pensamentos e ensinamentos conservadores, nesse sentido, os versículos e salmos da bíblia eram tratados no convívio familiar como leis inquestionáveis. O grande sonho da sua mãe (Mary Griffith) era reunir a família no pós vida, para isso a matriarca não poupava esforços e moldava a educação através dos princípios bíblicos.A grande harmonia da família tem o seu fim quando Bobby se revela homossexual, enquanto Bobby se martirizava pelo seu pecado sem perdão, seus pais iniciavam uma cruzada incansável para “resolver o problema” sexual do filho que incluía tratamento psicológicos, encontros arranjados e diversas orações com objetivo de solicitar a Deus força para que Bobby voltasse a caminhar de acordo com os seus desígnios. Bobby também percebeu a mudança de comportamento de familiares e amigos e a soma de todos esses fatores fez com que Bobby se suicidasse.Após a morte do seu filho Mary Griffith passa a encontrar outras interpretações na bíblia sobre o homossexualismo e gradualmente muda sua opinião, entendendo que seus dogmas não passavam de fanatismo, e a partir desse momento o propósito da vida de Mary Grifftih se torna proporcionar aos homossexuais uma vida melhor e mais segura.
Stonewall: Pelo Direito de Amar
CONTRIBUIÇÃO DO PET
Hoje, dia 28 de junho, é o dia do Orgulho LGBTQIA+, que é uma data de afirmação da luta contra a discriminação sofrida por esse grupo. O CinePet Em Casa dessa semana vai trazer sugestões referentes a essa temática.A Rebelião de Stonewall, que começou no dia 28 de junho de 1969, é considerado um marco histórico da luta da população LGBTQIA+ contra a opressão que sofrem. A revolta teve início após a invasão e violência de policiais ao bar Stonewall In, destinado a comunidade gay, em Nova York. Na mesma noite e por dias depois dessa repressão, clientes de Stonewall e simpatizantes da causa fizeram protestos contra a discriminação e violência contra pessoas LGBT em frente ao bar.A sugestão de hoje é referente a esse evento histórico e se chama “Stonewall: Pelo Direito de Amar”. O filme está disponível no YouTube e foi lançando em 1995, sendo dirigido por Nigel Finch. Foi baseado no livro Stonewall (1993), do historiador Martin Duberman. Esse filme estadunidenses e britânico, narra os acontecimentos da Rebelião de Stonewall sobre a perspectiva do jovem gay Matty Dean, que se envolve com a travesti La Miranda. Ambos frequentam o bar Stonewall In e são personagens dos eventos políticos que acontecem ali.Além do enredo do filme, é possível observar questões pertinentes ao período, como grupos políticos envolvidos na luta LGBT na década de 60 nos Estados Unidos e as diferenças de posicionamento entre eles.
PARA SABER MAIS
Não há muita bibliografia sobre o assunto em português, mas sugerimos um artigo produzido por graduandos da Universidade Federal do Paraná, alguns deles do PET História UFPR (@pethistoria.ufpr). Perroni, T., Apolinário, E., Gralak, M., Manfredini, G., & Minatogawa, M. (2019). As representações do movimento de Stonewall nos Estados Unidos (1969). Epígrafe, 7(7), 97-108.
Disponível em: https://doi.org/10.11606/issn.2318-8855.v7i7p97-108
Os Antifascistas
CONTRIBUIÇÃO DO PET
Seguindo com a temática acerca do Fascsismo, nossa segunda indicação do CinePET Em Casa essa semana é o documentário “The Antifascists” (2017), dos diretores Emil Ramos e Patrik Öberg.Em 2013, a Grécia e a Suécia viviam uma assustadora e agressiva ascensão de grupos neofascistas, que vinham conquistando espaço até mesmo nos governos. Frente a ameaça e ao descaso do Estado em relação ao avanço desses grupos, o documentário nos convida a conhecer quem são os Antifascistas, organizações formadas por indivíduos que comprometem a própria integridade ao combaterem esses grupos e suas agressões.Ao serem relatados diversos ataques armados em manifestações pacíficas, além de outras formas de intimidação e agressão, o filme mostra o medo como principal ferramenta utilizada pelos grupos neofascistas. O descaso da polícia, que demonstra uma certa conivência, facilita esse avanço. Dessa forma, ativistas Antifas explicam em seus depoimentos a razão de responderem com agressão em suas estratégias, ainda que essa esteja em constante questão dentro do movimento.O documentário, aclamado pela crítica, foi exibido em diversas escolas, cinemas e centros culturais por toda a Europa, além das organizações políticas que produziram suas próprias exibições. É considerada uma das produções mais relevantes sobre o tema, e se mostra extremamente necessária no cenário atual.
Fascismo. Inc
CONTRIBUIÇÃO DO PET
O “Cine-PET em Casa” desta semana aborda uma temática urgente: fascismo e neofascismo. Sendo assim, a primeira indicação da semana é o documentário “Fascism. Inc”(2014), do jornalista grego Aris Chatzistefanou, uma produção independente cujo argumento é a relação simbiótica entre capitalismo e fascismo, definindo este como uma forma extremada de defesa do modo de produção capitalista, focando nos processos alemão, italiano e na ascensão do neofascismo na Grécia.Ao longo das 1 hora e 23 minutos de duração argumenta-se por meio de entrevistas e narração como as ascensões de Hitler e Mussolini contaram com o apoio político e econômico dos donos do poder (grande burguesia, industriais, latifundiários, donos de mídia e afins) de Alemanha e Itália, respectivamente. Empresas famosas como Bayer, BMW, Coca-Cola, Fiat, ThyssenKrupp e outras, foram fundamentais aliadas, tendo membros filiados aos governos nazi- fascistas e alguns julgados e sentenciados no Tribunal de Nuremberg. Mesmo sendo um documentário grego, os argumentos de “Fascism.Inc” permitem uma identificacao instantanea do público brasileiro pois o neofascismo é um fenômeno mundial. De diferentes formas ao longo do tempo a classe burguesa fomentou o avanço do extremismo de direita, como podemos observar hoje com as empresas de informática e o uso das redes sociais para eleger políticos defensores dos interesses capitalistas, mesmo que para isso flertem com o fascismo.Trata-se de uma produção curta, rica em conteúdo, de fácil acesso e que nos ajuda a compreender o papel das classes dominantes na ascensão da extrema-direita ao redor do mundo.
PARA SABER MAIS
Vídeos "O que é fascismo?"
Disponíveis em:
https://www.youtube.com/watch?v=I4wJ8iTqgVY
https://www.youtube.com/watch?v=Etz9zqvQioEArtigo "Apoio da burguesia ao nazismo"
Disponível em: http://leituraobrigahistoria.blogspot.com/2016/03/nazismo-de-esquerda-e-economia-alema-na.htmlReportagens "Relação de empresas de informática com a extrema-direita"
Disponíveis em:
https://theintercept.com/2019/11/19/fake-news-google-blogueiros-antipetistas/
https://www.cartacapital.com.br/politica/as-pistas-do-metodo-201ccambridge-analytica201
DEPOIS QUE O PORNÔ ACABA
CONTRIBUIÇÃO DO PET
Para encerrar nossa semana de indicações sobre a pornografia, nós apresentamos o primeiro filme da série de documentários "Depois que o pornô acaba" (2012). O filme foca em um grupo de ex-atrizes e atores pornô, além de alguns especialistas sobre a indústria, para debater o efeito de ter sido um profissional da pornografia em suas vidas.O filme humaniza essas figuras que são objetificadas em suas filmagens, fala sobre as motivações que os levaram a estar nesse mundo e como em muitos casos vulnerabilidades são utilizadas para convencer homens e mulheres a entrar para o ramo. O longa traz luz também sobre como o trabalho na pornografia acompanha essas pessoas, mesmo anos depois de se ter largado o ofício. Ao longo do documentário assistimos testemunhos sobre a dificuldade de obter emprego pelo passado na pornografia e também sobre a perseguições perpetradas por fãs, que incluíram ameaças e agressões verbais. A dificuldade em relacionamentos também é uma questão levantada nesse filme.O filme levanta uma das cortinas por trás do show e revela abusos e consequências de uma indústria que se vende e seduz pelo glamour e riqueza, mas que mesmo para aqueles poucos que as alcançam o preço é alto demais.
PARA SABER MAIS
Sobre os filmes adultos:
Disponível em:https://youtu.be/6zSU945ilaESobre abusos sofridos dentro da indústria pornográfica:
Disponível em: https://medium.com/recuse-a-clicar/10-ex-atrizes-porn%C3%B4-revelam-a-verdade-brutal-por-tr%C3%A1s-de-suas-cenas-mais-populares-b4a17af3db70Sobre o vício em pornografia:
Disponíveis em:
https://www.google.com/amp/s/veja.abril.com.br/saude/como-o-excesso-de-pornografia-pode-afetar-sua-vida/amp/
https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/revista/2018/03/18/internarevistacorreio,666601/amp.html
Hot Girls Wanted
CONTRIBUIÇÃO DO PET
Continuando nossa temática da semana trazemos; Hot Girls Wanted (2015), documentário da Netflix que acompanha o cotidiano de um grupo de meninas que buscam adentrar na indústria pornô como atrizes.O documentário foca em uma casa que se especializa em receber e agenciar jovens para a indústria focando em duas delas Rachel Bernard e Tressa Silguero. O documentário busca retratar o que leva essas mulheres a adentrarem na indústria e seu perfil: a maioria são jovens entre 18 e 19 anos que não tem muita perspectiva do que fazer após se formarem no colégio e são atraídas por uma possibilidade de dinheiro rápido e independente. Tony D., o agente, explicita como não é necessário muito para atrair as meninas como por exemplo o simples uso da frase: “passagem grátis para Maiami”. Ele que direciona e as leva para filmagens e em sua maioria das vezes elas não escolhem ou tem noção pelo que vão passar.O que mais salta aos olhos no longa é a mudança de perspectiva com relação ao pornô. As atrizes adentram a indústria como uma forma de emancipação e findam percebendo os abusos aos quais foram expostas. Temos de lembrar que tem sempre o argumento da seleção: o mesmo usado para meritocracia. Provavelmente separarão algumas, que na verdade são exceções, para mostrar como o mercado como um todo não é problemático e há uma forma de fazer “direito” e que de alguma forma é até libertador. Porém, o documentário mostra que o padrão, no caso a totalidade, é uma reintegração de misoginia e abuso sem muitas perspectivas de futuro. O ator John Antony diz “tem um influxo de garotas entrando no pornô, elas sabem que é uma armadilha, mas pegam o dinheiro e esperam que dê certo”, segundo ele o melhor dos casos é uma menina ficar um ano na indústria e as que passam disso são exceções.
PARA SABER MAIS
Artigos disponíveis em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-71822013000300013
https://medium.com/feminismo-com-classe/pornografia-%C3%A9-o-dna-da-domina%C3%A7%C3%A3o-masculina-b2391037db5a
LOVELACE
CONTRIBUIÇÃO DO PET
O “ Cine Pet em Casa” tem como a temática a indústria pornográfica e seus impactos na sociedade. Para iniciar o debate semanal temos como primeira indicação o filme “Lovelace” (2013). O longa metragem tem caráter biográfico e retrata a trajetória de Linda Boreman, mais precisamente seu relacionamento abusivo com Chuck Traynor e sua iniciação na indústria pornográfica na década de 70. Linda tinha apenas 19 anos quando conheceu o marido que foi o responsável por introduzi-la no mundo dos filmes pornôs fazendo-a participar de diversas produções até o grande sucesso “ Garganta Profunda” que marcou toda a sua vida.O filme não apenas tem como foco o relacionamento conturbado marcado por agressões físicas e psicológicas, também demonstra os bastidores cruéis dessa indústria e as consequências na vida da atriz e suas dificuldades para se desvencilhar deste mundo e recomeçar. “Lovelace” é uma produção cinematográfica que se mostra bastante atual, pois coloca em questão o desenvolvimento da indústria pornográfica que atualmente movimenta milhões em cima da exploração sexual de mulheres, além das consequências gravíssimas em diversos âmbitos da vida daqueles que participam das filmagens, como a redução da expectativa de vida e traumas físicos e psicológicos.Hoje o debate sobre a indústria pornográfica ultrapassa a questão dos efeitos na vida dos participantes das produções e também coloca em foco aqueles que consomem este tipo de conteúdo. Com o advento da internet, o contato com a pornografia se faz cada vez mais cedo e isso marca a formação sexual de milhares de jovens, dita padrões comportamentais nocivos tanto para homens quanto para mulheres e estabelece padrões estéticos inalcançáveis fazendo com que outros setores econômicos sejam movimentados. Os danos causados por essa indústria crescente são nefastos e o debate se faz necessário.
PARA SABER MAIS
Podcast disponível em:
https://open.spotify.com/episode/0w4ZuNXpG4XFRAgtzkVlSG?si=YK_9WPoJRX-C9tF4gVmurgArtigos disponíveis em: https://www.gazetadopovo.com.br/educacao/exposicao-a-pornografia-deixa-marcas-para-toda-a-vida-5png4102owakft4lkgayjumvw/
https://medium.com/feminismo-com-classe/conversas-com-beaver-andrea-dworkin-364837a95db1
Watchmen
CONTRIBUIÇÃO DO PET
A série ‘’Watchmen’’(2019), baseada na obra de Alan Moore(1986), teve sua temporada de estreia como o grande ponto alto das produções televisivas no ano passado. A série da HBO ganha ainda mais relevância perante a eclosão de protestos antirracistas nos EUA e pelo mundo.Os eventos da série ocorrem em 2019, 34 anos após os acontecimentos da obra original, em Tulsa, Oklahoma. A cidade ocupa um lugar essencial na história, que tem como seu prefacio o massacre realizado em 1921 contra a população negra daquele local que era popularmente chamada de ‘’Wall street negra’’. Nos dias atuais, a detetive policial negra Angela Abar, conhecida como Sister Night, enfrenta um grupo de supremacistas brancos que ganha força na região.Com um enredo interessantíssimo, a série se mostrou uma continuação digna da obra original, trazendo de forma inovadora conflitos muito relevantes de seu tempo. Mesmo se propondo a ser uma série ficcional, não deixa de lado a contextualização histórica dos eventos abordados e se prova muito coerente ao decorrer da temporada. Watcthmen, tanto os quadrinhos quanto a produção da HBO, é obrigatório para o ano de 2020.A 1° temporada está inteiramente disponivel na plataforma de streaming da HBO.
ERA O HOTEL CAMBRIDGE
CONTRIBUIÇÃO DO PET
A sugestão de hoje do CinePet Em Casa é um #tbt de um filme que já exibimos no nosso cinedebate presencial em 2017.
O filme nacional Era o Hotel Cambridge (2016) é o resultado da criação coletiva da Frente de Luta por Moradia (FLM), do Grupo Refugiados e Imigrantes Sem Teto (GRIST) e da Escola da Cidade, e da direção de Eliane Caffé a partir do roteiro que ela escreveu com Luis Alberto de Abreu e Inês Figueiró.O enredo narra a história de um grupo de sem-tetos que ocupa o prédio onde funcionava o Hotel Cambridge no centro de São Paulo, e que sofrem com a violência policial e o risco de despejo. Esse grupo heterogêneo é formado por refugiados recém-chegados ao Brasil, de diversas nacionalidades como palestinos e congoleses, mas também por brasileiros imigrantes.O filme causa uma reflexão sobre todas essas questões dos processos imigratórios da atualidade, assim como sobre a questão da moradia. Além de questionar as semelhanças e diferenças entre os imigrantes estrangeiros e os brasileiros, que também vivem à margem mesmo estando no próprio país.
Ficou curiosa ou curioso para assistir? O filme está disponível para alugar no YouTube ou no TelecinePlay (que tem 30 dias de teste gratuito). Assistam, depois comentem o que acharam! 😉
PARA SABER MAIS
Exibição do Making off e debate sobre o filme com a diretora Eliane Caffé pela FAUUSP.
Disponível em: https://youtu.be/uvVDjPbUtlk
BRAÇOS ABERTOS, PORTAS FECHADAS
CONTRIBUIÇÃO DO PET
Iniciando as indicações da semana, apresentamos o documentário: “Braços Abertos, Portas Fechadas”. A obra cinematográfica foi dirigido pelas diretoras Fernanda Polacow e Juliana Borges, o intuito foi demonstrar o cotidiano de um imigrante e rapper angolano, chamado Badharo morador da maré no Rio de Janeiro. Antes da sua chegada ao Brasil ele via a cidade do Rio de Janeiro como um local que recebe todos de braços abertos, assim como o cristo redentor, entretanto, quando chegou no Rio pode perceber que embora a maior parte da população do Brasil seja composta por pessoas negras, o racismo ainda se faz presente na vida de pessoas negras, seja imigrante ou não.Badharo acredita que as “portas fechadas” é seletiva, ou seja, os imigrantes provenientes da Europa e dos Estados Unidos conseguem obter mais oportunidades de emprego, aceitabilidade social e uma melhor qualidade de vida. Por outro lado, Badharo por ser um imigrante angolano convive com a desconfiança, falta de oportunidades e o preconceito de todos ao seu redor.Essa realidade fez Badharo apontar o Brasil como o país mais racista do mundo, toda via, ele encontra na música uma forma externar os problemas da sua realidade e falar também das mazelas sociais do brasil. Mesmo com todas essas dificuldades ele permanece no Brasil buscando sua felicidade, e através da música expõe os problemas da sociedade brasileira, acreditando assim, na arte como veículo da transformação social.
pacificação?
as upp's e a violência no RIO DE JANEIRO
CONTRIBUIÇÃO DO PET
O CinePet em Casa apresenta nesta quinta um #tbt: “Pacificação? As UPPs e a violência no RJ” filme exibido em 17 de abril de 2019 quando os nosso CinePets rolavam nas salas da nossa universidade.O longa-metragem tem como objetivo dar visibilidade a uma narrativa ignorada pelos meios de comunicação hegemônicos: a do morador da favela “pacificada” que sente na pele as consequências da ocupação. Este discurso contrapõe os benefícios das UPPs propagados pelo Estado e pela Secretaria de Segurança com orgulho, o que vemos retratado no filme é um aumento significativo de mortes, falta de respeito com o morador e controle excessivo da PM chegando até mesmo proibir bailes funks atingindo a economia local das periferias e o lazer dos moradores.O filme inicia com a fala de um morador “ desde quando começou a ocupação militar a gente viveu com medo, né, porque a gente sabe que favela e polícia não combinam” evidenciando a tratamento dado pelo polícia ao morador da comunidade. Os entrevistados retratam também a lucratividade do projeto para o Estado, a UPP levou a taxação de água, luz e também a especulação imobiliária o que em conjunto levou a expulsão de diversos moradores, além das remoções realizadas com justificativas não comprovadas.Contudo, documentário também demonstra uma outra face da situação: o processo de formação da polícia militar e suas condições de trabalho. Em um áudio reproduzido no filme, um policial – hoje morto- relata: “essa guerra não é nossa, o governo falido, o projeto falido, estão colocando a gente no morro para morrer”. Com estáticas e imagens as péssimas condições de trabalho e treinamento junto com pouco investimento são retratados na obra, revelando ainda mais a crueldade deste projeto de segurança pública.Demonstrando a consequência para ambos os lados, o longa metragem retrata o fracasso do projeto de segurança pública implementado pelo Estado do Rio de Janeiro.
PARA SABER MAIS
Sobre o processo de construção da UPP como ocupação militar.
Disponível em:
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1517-45222012000200007&script=sci_arttext#nt1“Os condenados da terra” de Franz Fanon: livro clássico sobre a violência e as relações de dominação, comentário sobre o processo.
Luto como mãe
CONTRIBUIÇÃO DO PET
A indicação do CinePET Em Casa nesta quarta-feira é o documentário “ Luto Como Mãe”. Lançado em 2011, o longa-metragem retrata a batalha enfrentada por mães em busca de justiça pelo assassinato de seus filhos por ações policiais, mais precisamente a Chacina do Acari (1990), Chacina da Via Show (2003) e a Chacina da Baixada. O filme é produzido entre os anos de 2006 e 2009 e é composto por entrevistas e gravações do dia a dia de diversas mães que escolheram não ficar caladas diante da crueldade de um Estado que tem como principal política o extermínio de jovens negros e periféricos. Ao longo da narrativa podemos acompanhar o processo de união e luta de diversas mães contra a violência policial, mas também a lentidão e a falta de amparo por parte da Justiça.Todo este cenário é apresentado através da ótica das mães, em um forte relato uma das mães do caso Acari declara: “ Quando você está dentro de uma comunidade, você não sabe que tem direitos, você só sabe que tem deveres”, revelando a invisibilidade desta grande parcela da sociedade. Quando o assunto é a ação policial um dos depoimentos presentes no filme alega que os policiais matam mesmo, “mas matam porque há uma ordem de uma classe política que ocupa o Estado”.“Luto Como Mãe” é um documentário forte e extremamente necessário que nos faz refletir sobre a ineficácia do programa de segurança pública defendido pelo Estado e escancara a dor de diversas mães e familiares que são esquecidos juntos com os casos de seus filhos pela justiça brasileira.
PARA SABER MAIS
Artigos disponíveis em:
https://www.geledes.org.br/25-anos-da-chacina-de-acari-expoe-crise-aguda-do-sistema-de-justica-criminal-no-brasil/
https://www.geledes.org.br/condenado-por-corte-internacional-brasil-tera-de-reabrir-investigacao-e-indenizar-vitimas-de-chacinas/
https://www.geledes.org.br/prisao-de-major-da-pm-no-rio-emociona-maes-que-exigiam-justica-por-chacina-desde-2003/
cidade dos homens
CONTRIBUIÇÃO DO PET
Nesta excepcional indicação do CinePET em casa trazemos como indicado o filme Cidade dos Homens (Paulo Moreira, 2007). No filme nós acompanhamos,os já conhecidos personagens, Acerola (Douglas silva) e Laranjinha (Dar lançamento Cunha), agora com aproximadamente 18 anos.O filme, bem como a série que o precedeu, trazem inúmeros aspectos sobre os quais poderíamos refletir, mas para não fazer um texto muito extenso chamou a atenção a falta de um representante do Estado. Ao longo de todos os 110 minutos de filme o Estado surge como um cartório que registra a existência, como uma prisão, como um agente de condicional e com mais ênfase como a polícia. Nos três onde o Estado aparece com mais força é como um agente repressor ostentando armas e representando a força.No microcosmo representado pela favela no filme as principais lideranças políticas são desvinculadas ao Estado e criam uma organização específica, com suas próprias leis e seus próprios agentes de execução dessa lei.
Além dessa separação mais "institucional" existe uma separação física entre o morro e o "asfalto", uma manifestação do histórico processo de marginalização das camadas populares e da população, tendo seu início no Brasil imperial e reafirmada pelas reformas urbanas de Pereira Passos, nas obras para a Copa do Mundo FIFA de 2014 e para as Olimpíadas de 2016.O filme também aborda temas como o abandono paterno, já que os dois protagonistas crescem sem pais e uma das grandes forças motrizes da trama é a busca do Laranjinha pelo seu pai; a maternidade, exibindo a tripla jornada da Cris que cuidava da casa, trabalhava e ainda era incumbida da obrigação supostamente natural de cuidar de Clayton e era desestimulada por Acerola, que não queria que ela partisse para São Paulo; e ainda como a falta do Estado se faz presente em elementos cotidianos como o lazer, já que no filme há uma busca incessantemente de um personagem por apoio para o futebol local.O filme traz uma riqueza de debates que não podem ser contemplados nesse post, e por isso recomendamos que assistam o longa e a série que lhe deu origem.
PARA SABER MAIS
Sobre o estereótipo que se cria dos moradores de favelas: https://anistia.org.br/entrevista-com-raull-santiago-violencia-nas-favelas-brasileiras/Sobre a formação de estereótipos:
https://youtu.be/qDovHZVdyVQSobre a formação das favelas, seu isolamento urbana e estigmatização:
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-88392001000100016&script=sci_arttext
Pro dia nascer feliz
CONTRIBUIÇÃO DO PET
Nossa primeira indicação para o CinePET desta semana é o documentário “ Pro Dia Nascer Feliz” que apresenta o sistema educacional brasileiro e seu funcionamento em diversas regiões do país retratando assim os desafios enfrentados pelos professores no exercício do magistério cada vez mais desvalorizado, os conflitos dentro e fora do ambiente escolar e principalmente a diferença de possibilidades de aprendizagem e futuro a partir das condições socioeconômicas.O longa-metragem produzido em 2007 se mostra atual e também necessário, pois desmistifica a ideia de meritocracia tão presente em nossa sociedade. A narrativa é construída através de depoimentos e histórias de alunos e professores tanto da rede pública no sertão nordestino quanto da rede particular de uma área nobre da cidade de São Paulo, evidenciando assim as diferenças não só no processo de aprendizagem, mas também econômicas, culturais e até mesmo psicológicas.“Pro Dia Nascer Feliz “ nos faz refletir nesta pandemia sobre os diversos contextos em que se encontram os estudantes espalhados pelo território brasileiro e que estão sendo orientados a se “reinventarem” para a realização do ENEM e também nos faz enxergar as contradições nesse discurso que ignora a realidade não só do sistema educacional, mas também do social e do econômico brasileiro
PARA SABER MAIS
Podcast sobre o ensino de História a distância:
Disponível em:
https://open.spotify.com/episode/4ZZTwO20bgy3nl94TEVBnL?si=yh1YW1kMSF2kftRFSbT6eA